quarta-feira, 1 de abril de 2015

"make your day better"

Todos os dias - mas todos os dias mesmo - vejo posts no facebook com vídeos de gatinhos ou de momentos fofinhos/felizes com títulos que prometem que aquele vídeo, aquelas imagens, aqueles 3 minutos vão tornar o meu dia melhor.

A minha questão é: chegámos a um ponto em que já é tão globalmente assumido que os nossos dias são tão horríveis para precisarmos dos gatinhos para nos animar?


segunda-feira, 23 de março de 2015

Tempo e viagens e coisas que as pessoas me dizem.

Os dias passam e as minhas ideias não chegam a posts. Depois atropelam-se para caberem todas no mesmo texto. Por isso vamos por pontos:

- O O. já chegou da Suécia e tudo tem mais piada com ele cá.

- A G. embarcou na sua aventura por terras moçambicanas e estamos todas a viver um pouco daquilo à distância.

- A J. disse-me que gostou de me ler e eu sou uma maricas e adoro quando descubro que há pessoas, que efectivamente param para ler as parvoeiras que escrevo.

- A C., que se casou no ano passado, está a produzir um pequeno humano.

- A Ct. casou-se e eu apanhei o bouquet mais uma vez (já tinha apanhado o bouquet da C.). Ah e o telemóvel do padre tocou a meio da cerimónia.

- Estou a tentar planear a visita aos familiares do O. nos EUA e é só mais uma desculpa para sonhar acordada forte e feio. Depois olho para o meu saldo e acabou-se o sonho.

E é isto. É 2° feira e já tenho saudades do fim de semana, da família, dos gatos, da cadela. Mas está sol e o O. deixou uma nota muito querida no meu pequeno-almoço.

No próximo fim de semana, os meus pais vêm ajudar a arrumar a casa para receber os sogrinhos suecos no início de Abril.

Já se está a ver que vem aí mais uma aventura... "não percam os próximos capítulos porque nós também não"!

quarta-feira, 4 de março de 2015

10 things I learned doing 30 days of Yoga



  1. Breathing is the core business and I’m bad at business.
With this adventure I found out I was breathing wrong. Truth be told I found out I might been bad at breathing all my life. I think swimming practice was the only time I actually forced myself to breathe properly… and even then, I struggled.

During the #30daysofyoga challenge I often found myself holding my breath and I had to constantly remind myself to breathe. 10 days into the practice it got better but it still helped that Adriene reminded me sometimes.

  1. Savasanaaaa and I’m asleep.

Savasana or the Corpse Pose is one of the most important poses in Yoga - it’s the first step to focus and the last step to relaxation.

Because sometimes I didn’t have too much time to just stay in Savasana at the end of the practice I started doing that in bed before sleep.

I think you can guess what happened a couple of times: I actually fell asleep in that position.
  1. Balance is the key and I have no clue where’s the key.

My balance is crap, this is no news to me. But doing this yoga challenge I got frustrated several times because I kept losing my balance. I blame my crooked escoliosic backbones.
  1. “Be still” never worked for my parents.
Next to breathing correctly standing still - just standing still - was the biggest challenge. I am so easily distracted that it was actually very hard to focus on my breath and nothing else.
  1. It is a proper exercise.

Hell yeah, planking and all. You’ll feel it. Your muscles will feel it - that soreness all over is there the next day. But if you yoga through it it will go away after some time.
  1. It does help.

You do feel more relaxed afterwards. For me it helped to forgive my selfishness: taking that time just for me. It helped me with my balance. It really makes you more aware of where you stand and I do believe it builds your confidence.

  1. Making time is the hardest thing.
It is. There will always be buses to catch, dishes to wash, laundry to do. You have your work, you are tired, you have soooo much to do. Yes, I know. But just make the time. Force yourself to make time for it. It’s hard, but if there’s a will there’s a way.

  1. You have to be more stubborn than lazy.

You have to be strong and stubborn. Yes, stubborn. I had to be stubborn with myself in order to make it until the end. I’ve also committed to post one pic per day on Instagram, as a way to add the responsibility of “pleasing the followers” or “proving the ones who didn’t believe it wrong” - the sense of obligation might not sound appealing but it comes in your advantage, trust me.

  1. It helps if you have a funny teacher (Adriene is funny).

Sometimes you are really tired and not feeling it. It’s okay. Sometimes you are frustrated because you can’t do it perfectly, you leg doesn’t reach that high, your balance is crap. And you resent the practice, you resent yourself because you suck at it. In these times it helps a lot if you have a funny mentor. I found myself cracking up in the middle of a pose because of something Adriene said. Thank you, Adriene.
  1. You really have to “find what feels good”.

The good thing about this challenge is that it is not strict. you can move, you can laugh you can roll your eyes. The important things is that you feel good doing it and feel better after you’ve done it. I know I did.


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Nota: este post está em inglês porque calhou, fiz o desafio em inglês e comecei a escrever em inglês. Para quem quiser, o desafio é este: http://yogawithadriene.com/30days/

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Felicidade Partilhada

Quando vi o filme Into The Wild há algum tempo não lhe dei a tamanha importância que lhe davam na altura. Gostei da banda sonora, achei a história envolvente, mas passei o filme inteiro a tentar acompanhar o pensamento daquela personagem loucamente corajosa.

No fim guardei o que acredito que toda a gente guardou: a ideia de que a felicidade só vale a pena quando é partilhada.

Acho que a capacidade de ficar genuinamente feliz por outra pessoa não é algo que se aprenda facilmente. Mas acredito que é uma consequência indissociável do carinho que sentes por alguém.

Adoro dar presentes, fazer surpresas, etc.. precisamente porque sou uma vampira sugadora da felicidade dos outros. Se participasse em concursos de beleza seria a pior miss de todos os tempos e, à pergunta "qual é o teu sonho?", responderia "só quero que toda a gente seja feliz".

Gosto de sentir as pessoas verdadeiramente felizes, gosto de contribuir para isso. E gosto quando as pessoas partilham coisas boas comigo e me deixam beber da felicidade que lhes ilumina os dias.

Por isso, para bem da minha felicidade... sejam felizes!






terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Chuva e as suas cores

A manhã começou áspera. O sol que normalmente me inunda a janela, reflecte no espelho e me abre os olhos faltou ao trabalho. Mas eu não podia faltar.

Levantei-me com o cinza resmungão lá fora e, teimosa, abri as cortinas na mesma. Tomei o pequeno almoço, ignorei o trânsito e saí.

No autocarro continuei a ler O Rapaz que Prendeu o Vento, a fome está finalmente a desaparecer no Malawi e ele construiu o seu primeiro protótipo de moinho de vento.

Quando saí do autocarro tive de abrir o guarda-chuva. O desgraçado já tem uma ou outra vareta deslocada que alegremente me prenderam o cabelo. Com uma careta soltei a juba e vinha a pensar como o meu cabelo detesta estes dias pingões, quando vi o B.

O B. foi meu colega de trabalho e agora é meu amigo. Diz as maiores parvoíces e é das pessoas mais inteligentes que conheço.

Cruzámo-nos, dei-lhe dois beijinhos e ele disse-me que estava muito frio hoje. Eu disse que sim e que não percebia. Quase não abrandámos o passo, mas foi o suficiente para dar um bocadinho de cor à minha manhã cinzenta.

Ver amigos quando não estamos à espera é das melhores coisinhas que a rotina nos força a ter.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A Lucrécia

Esta manhã, enquanto esperava ansiosamente pelo autocarro fiquei a saber da Lucrécia.
O autocarro vinha atrasado, como é sempre tão óbvio para quem espera, e algumas pessoas juntaram-se a mim.
Um casal com os seus 60 sentou-se ao meu lado. Nas luvas da senhora havia pêlos brancos de um animal misterioso. Era a Lucrécia. Confesso que foi o nome que me chamou à atenção mas não foi isso que me intrigou.
No casaco dele havia também alguns pêlos. Eram da Lucrécia. A senhora procedeu então a umas boas sacudidelas nas costas do senhor enquanto repetia quase como uma reza:
- A Lucrécia encheu a sua canadiana de pêlos. Não percebo como, a canadiana estava no cabide, mas ela conseguiu.
Nos primeiros segundos eu ainda imaginei que estivéssemos a falar de umas muletas, mas não. Tratava-se do casaco do senhor.
E aposto que não era azul - como eu o via - aposto que era cobalto.
Quanto à Lucrécia, talvez nunca saberemos se é uma cadela, uma gata ou uma chinchila...

Edit: depois de ler esta história, o Crocs desenhou a Lucrécia:




Não está lindinha?

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Fim-de-semana do-it-yourself

Depois de 2 noites seguidas de farra com a inauguração do Coyote Ugly em Lisboa e um aniversário, chegou o fim-de-semana.

Já andava a adiar umas quantas ideias de trabalhos manuais e decidi deitar mãos à obra. 4 projectos, 4 desafios, aqui ficam:

1. Autocolante para a porta

Ingredientes:

papel autocolante preto
x-acto
papel químico
impressora

Já há uns tempos que tinha visto esta ideia algures na internet. Pesquisei uma série de sites e comprar saía demasiado caro, então resolvi fazer.

Comprei papel autocolante preto e imprimi o desenho invertido, passei as linhas com papel químico para o papel autocolante e depois foi só cortar. Como não tinha acesso a um bisturi, o x-acto teve de servir e não ficou muito perfeito, mas ao longe fica bem!




2. Quadro candeeiro

Ingredientes:

tela profunda
lâmpada com interruptor
tinta
pincéis

Vi um quadro no pinterest que alguém tinha iluminado. Gostei de ver e resolvi experimentar. A tinta não ficou muito uniforme, mas a luz resulta bem. É uma boa alternativa para o candeeiro da mesinha de cabeceira.



3. Prato com vidrilhos

Ingredientes:

cds (que já não se usem)
prato
tesoura
água muito quente
cola branca
verniz

Este era o mais antigo dos desafios! Desde os meus 17 que queria fazer uma coisa gira com cds velhos. Decidi então começar com uma coisa pequenina e tentar saber todos os truques antes de me aventurar e falhar - como já tinha acontecido.

O grande truque e o que muda tudo é: molhar os cds em água muito quente (quase acabada de ferver) durante 5/7 minutos e depois separá-los (usem uma tesoura ou um x-acto com cuidado). Os cds têm 2 camadas de "plástico" e separando as duas é mais fácil cortar sem estragar o efeito espelho.

O outro grande segredo é a paciência. Cortar os triângulos é rápido, mas colar demora muito mais tempo. O desafio quando estamos a colar é tentar não sujar os vidrilhos com cola. Eu passei com um cotonete com álcool para limpar a maior parte da cola (tenham cuidado porque alguma da tinta sai).

No fim pintei com verniz transparente e ficou mais brilhante.



4. Chaveiro Alohomora

Ingredientes:

cartão
ganchos
tinta (castanho & dourado)
cola branca


Este projecto foi para satisfazer a potter geek que há em mim. Não tem nada que saber: aproveitei uma protecção de cartão (que vinha com o aquecedor que os meus pais me compraram) e escrevi com cola branca a palavra "alohomora" - o feitiço que é usado para abrir as portas que estão trancadas.

Acrescentei uns ganchos (dos que vêm nas caixas de utilitários do IKEA), pintei tudo de castanho e passei com tinta dourada pelas letras no final.  



terça-feira, 27 de janeiro de 2015

What a wonderful world

Hoje decidi aproveitar o sol. Calcei os ténis, peguei na máquina fotográfica e saí, não fui longe, mas às vezes não é preciso ir longe para encontrar coisas bonitas.







quarta-feira, 26 de novembro de 2014

God Jul ✯

O Natal está quase aí e resolvi enfeitar a casa.

Este ano tenho o O. comigo para viver um pouco do espírito natalício antes de ir para a Suécia. E como #terumsuecoemcasa é aprender a dizer bom natal em sueco, fiz uma placa com as palavras "god jul".

Materiais

Cola branca
Placa de madeira
Sal grosso
Sal fino



Comecei por escrever com a cola "God Jul" e fazer dois flocos de neve nos cantos. Em baixo deixei um bocadinho de cola para parecer ter um manto de neve.


Depois salpiquei a cola com sal grosso e preenchi tudo com sal fino para dar a ideia de que é escrito com neve...


No início, a cola formou uma mancha que parecia molhado à volta, mas secou em dois dias.


Algum do sal caiu, mas ainda assim gostei do resultado. :)




segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Tento na língua e all star nos pés

No final de Agosto fui convidada pela AEISCAP (Associação de Estudantes do Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto) para participar na XXV ISCULTURAP - a Semana Cultural do ISCAP.

E por "participar" leia-se "ser oradora convidada". Estes convites deixam-me sempre lisonjeada e ligeiramente incrédula. Por que raio é que as pessoas hão-de querer ouvir o que tenho para dizer? Mas a verdade é que gosto imenso. Divirto-me sempre e adoro conhecer novas realidades e pessoas com outro tipo de formação e de outras áreas.

Neste caso, quando perguntei às minhas colegas de trabalho o que devia vestir (sou gaja, desculpem lá) elas disseram-me que devia ir de ténis All Star - porque "era mais eu". Fui. Rosa-choque, porque eu sou assim. Levei um blazer para disfarçar a coisa e acho que correu bem.

O auditório estava - como se diz - bem "composto" e, dentro do possível no período pós-prandial, a audiência estava atenta. Digam o que disserem, eu acho que foi por causa dos All Star rosa-choque.

Numa altura em que os jovens estão assustados com o futuro e com o desemprego, é importante que percebam que é possível chegar aos objectivos, mesmo num mar de adversidades. Há alguns conselhos que podem ajudar a alcançá-los e foi nessa base, com o apoio de alguns exemplos, que fui conversar com eles.

Para mim, muito mais do que fazer um discurso é importante haver perguntas. Não aceito ter menos de 3 perguntas nestas coisas. Tento sempre pôr a audiência à-vontade o suficiente para não terem medo de pedir o microfone e perguntar o que quer que seja. Mas, fazendo aqui uma referência ao título deste post, tenho de ter tento na língua para não dar falsas esperanças ou, por outro lado dar espaço ao desalento.

No geral, a experiência foi muito positiva, foi muito bom conhecer jovens cheios de motivação e com cabeças prontas para mudar o mundo.

Resta-me agradecer à Vera Santos o convite e dar os parabéns a todos os membros da AEISCAP pela organização do evento. Venham mais!




segunda-feira, 3 de novembro de 2014

10 coisas antes dos 30

Vou fazer uma lista de coisas que quero fazer antes dos 30.

Esta ideia já me tinha surgido há uns tempos, mas esta semana a amiga S. ajudou a relembrar porque descobriu o seu primeiro cabelo branco. Eu já tenho vários "primeiros cabelos brancos" mas não é bem isso que me move. São os 27 que ainda agora chegaram e que parecem já estar a fugir.

Há uma série de coisas que quero fazer na vida, fazer esta lista é imprimir-lhe urgência e é só uma desculpa para tentar fazer com que aconteçam mais rápido. Não garanto que cumpra estes 10 itens, mas posso tentar.

1. Ver uma aurora boreal (tenho viagem marcada para Janeiro!)

2. Visitar o Stonehenge.

3. Fazer um interrail.

4. Fazer todas as receitas (sem fugir a nenhuma das instruções, medidas ou utensílios) de um livro de receitas que eu escolher num determinado espaço de tempo.

5. Ir a Budapeste.

6. Começar a escrever - a sério - outro livro.

7. Experimentar meditação.

8. Fazer um diário.

9. Andar de Balão de ar quente.

10. Vender algo que eu tenha feito à mão.

Não vou deixar mais nenhum item, não só porque gosto que a vida me surpreenda, mas também porque não quero viver agarrada a metas. Quando concretizar alguma deles, mantenho-vos a par.

Vamos lá, um dia de cada vez!


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

..e tempo, senhores?

Entretanto, dentro da minha cabeça:

- quando tiver tempo faço!
- mas fazes o quê?
- os posts todos que tenho para fazer e escrever, sinto falta de escrever....
- e tempo?
- hei-de ter!
- ...olha! o Pai Natal também não existe.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bom dia.


vamos lá a isso...

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dos sussurros

Desconfio muito das pessoas que sussurram. Não quer dizer que não goste de um bom sussurro - há coisas que são estupidamente agradáveis de se ouvir em sussurro.

Não é isso que estão a pensar, seus badalhocos. Digam lá que não é uma doçura ouvir uma criança contar-vos um segredo, mesmo que seja um "o meu pai tem um carro branco".

Adiante. Sempre me ensinaram que "dizer segredos" é feio. E as pessoas que fazem disso um hábito no dia a dia assustam-me. As que passam os dias a usar as palavras sub-repticiamente. Aquelas que se riem entre-dentes e tem um olhar inquieto. Não gosto. Sinto que estão sempre a babar veneno por entre os lábios e eu costumo fugir dos venenos, salvo uma ou duas excepções.

Mas também há as pessoas que sussurram porque são tímidas, têm medo, pedem constantemente desculpa por existirem. Dá-me vontade de lhes plantar uma bela palmada nas costas para ver se tossem alguma energia.

Enfim. O que eu quero mesmo é que se fale mais e que se sussurre menos.


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Dos aniversários.


domingo, 14 de setembro de 2014

Happy Holi Festival

Há um ano foi assim. 
Quero mais... e não só das cores. Dos amores.


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sou de direita.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

São tão grandes, as coisas pequenas.

São as piadas parvas. São as palavras desconfortáveis. São as flores colhidas e oferecidas. São as sugestões que vêm do coração. São os risos dos amigos. São os sotaques. São os sabores da infância. São os abraços de quem não se vê há muito tempo. São as noites à lareira. São as conversas até de madrugada. São os senhores polícias à porta. São as tendas e os sacos-cama. São as toalhas de praia. São as pipocas. São as fotografias. São as estrelas cadentes. São os ténis coloridos. São as lágrimas. São os mergulhos. São as perguntas certas. São as vozes desafinadas. São os brindes. São os bolos da avó. São os licores da mãe. São as madressilvas. 


São tão grandes, as coisas pequenas.






segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sonhar faz mal.

A sério. Faz muito mal. Não estou a falar do sonhar durante a noite, entre a fase NREM e a fase REM. Estou a falar daqueles sonhos que vêm de uma ideia. De uma associação de pensamentos que leva àquele pensamento (terrível!) que é: "eu podia fazer aquilo!". Daqueles sonhos que podem acontecer enquanto levamos uma bolacha à boca ou enquanto tiramos um anel do dedo.

Vamos a exemplos: uma pessoa está a fazer scroll pelo newsfeed dos amigos e vê alguém que começou a trabalhar como voluntário no Cambodja. Devagarinho a nossa mente mete tudo o que precisamos - e aquelas coisas que nunca vamos usar também - numa mochila e põe-nos um bilhete de avião na mão. Damos por nós a pensar "eu podia fazer aquilo!". 

E a nossa mente é sacana, conhece-nos bem. Diz-nos que sim, que podemos largar tudo e metermo-nos no avião de mochila nas costas e coração na mão para explorar o mundo, conhecer pessoas e ajudar no que pudermos. Diz-nos que sim, que podíamos ir à poupança, largar a casa, alugar o carro... meter a vida numa mala durante 3 meses.

Diz-nos que sim porque sente o corpo sentado a um computador que só no mostra possibilidades, mas que não nos leva à porta.

Sonhar faz mal. Deixa-nos com aquela angústia cobarde de quem quer tanto, mas não tem coragem. Acorda tanta coisa dentro de nós, enche-nos de energia boa, sim. Mas é como uma falsa partida. Começamos cheios de força e rapidamente percebemos que não vamos a lado nenhum porque (inserir 30-razões-plausíveis e mais 10-razões-estúpidas-que-só-servem-como-desculpa-para-não-fazer). 

Sonhar faz mal, malta. Cuidado com isso.





quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O problema de vestir chique...

...é não ter onde limpar os óculos.

É uma porra. Para os desastrados como eu, que estão constantemente a imprimir dedadas nas lentes dos óculos, é uma situação assustadora.

Ali estamos nós com uma bela dedada na lente, a ver tudo meio desfocado e a pensar numa solução. Sim, porque agora que somos pessoas sérias já não usamos t-shirts de algodão com frases parvas. Nem hoodies de algodão com bonecos. Nem nada de algodão (que possamos usar para limpar os óculos em público).

Então damos por nós a olhar à volta e a pensar em soluções. E, que nos perdoem, mas olhamos para os nossos colegas quase com vontade de lhes pedir para emprestarem um cantinho da camisola...

Depois olhamos mais uma vez e vemos que também não estão a usar nada em algodão.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Eu é mais ténis.

Vá não pensem que sou daquelas que abomina os saltos altos e foge de saias. Nada disso. Até danço de saltos altos. No problem.

No entanto, nada bate uns all star com uma cor divertida. No dia-a-dia gosto de andar confortável, pronto.

Nos dias em que me sinto mais sexy também tiro os saltos do armário e visto o vestido fino. Faço-o sem problemas... mas quando realmente o sinto. 

O problema está nos dias em que tenho de o fazer. Mesmo quando não me apetece, mesmo quando não estou a sentir esse estilo. Só porque há alguma coisa no meu dia - que não é algo que eu goste de fazer - que me obriga a tal. 

Nesses dias... I'm sexy but not happy.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Mais um desafio.

Ainda nem recuperei bem do #100dayshappy que fiz no instagram e já me estou a meter noutro.

Desta feita é físico:


wish me luck.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Mudei


Mudei de emprego.

Curiosamente não fiquei nervosa, mas também não fiquei indiferente.

E mais uma vez é tudo novo, tudo diferente. Maior. Assustador? Mas se não fosse assim era mau sinal, acho eu. Significa que estou a tentar andar para a frente, crescer. Não será por acaso que lhe chamam "dores de crescimento".

Num ambiente onde tudo me é estranho, os primeiros passos para me ambientar nem sempre são fáceis. É como reaprender a andar. Testar um novo terreno. No entanto, parece-me que recuperar velhos hábitos pode ser um começo.

Por isso, acabei de criar uma pasta no desktop, assim com letras garrafais, chamada "TRABALHOS". E agora é seguir caminho... que não está na moda voltar para trás.

quarta-feira, 12 de março de 2014

No que diz respeito a palavras...

Não gosto de frases curtas.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Detesto e Doente começam com a mesma letra.

Cá para mim não é por acaso. 

Detesto estar doente. Aborrece-me terrivelmente a falência do corpo. Cãibras, lesões e doenças são do mais irritante que há. E a idade pesa. É uma porra, mas pesa mesmo. Sempre que ouvia esse tipo de chavões achava que a mim não me iria pesar... que, por alguma razão, eu era mais forte, tinha mais energia. Balelas. 

 E o facto de ter crescido numa zona de campo, rodeada de animais e alimentos orgânicos era suposto ter-me deixado mais forte contra virús e bactérias. Balelas. 

Desde que estou na "cidade" que fico doente como os outros. E ultimamente tenho ficado doente tantas vezes. As teorias são muitas: alguns culpam os transportes públicos, outros o ar condicionado do trabalho, outros o entra-e-sai da piscina quando vou à natação, há quem culpe as janelas lá de casa que não fecham bem (se calhar devia enviar as contas médicas à senhoria). Eu até me alimento com mais cuidado, faço exercício, agasalho-me. Vai dar ao mesmo. 

No início do ano tive uma amigdalite do demo e estou outra vez apanhada do nariz - desta feita com direito a ouvido tapadinho de todo. Cá para mim tenho o ouvido cheio de ranho.

Por alguma razão o ranho que o meu nariz estava alegremente a produzir queria sair, mas perdeu-se e enfiou-se numa estrada que foi dar ao ouvido. Agora se calhar está à espera de resgate com uma bandeirinha feita de muco seco que diz SOS. 

Fico sempre surpreendida com a capacidade que o meu corpo tem para produzir ranho. E nunca percebi muito bem para que é que serve o ranho. "Ah e tal é para não desidratar as mucosas e é para tirar partículas que fazem mal." Se me dissessem que com 2 quilos de ranho perdia 397 kcal é que era conversa. Mas vamos lá ver a definição de ranho...
ra·nho - substantivo masculino [Plebeísmo] - Humor mucoso das fossas nasais; muco, monco. 
"ranho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
O que isto me diz é que o ranho é a forma gelatinosa que o nosso nariz usa para gozar connosco. Era só isto. Obrigada.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Acinzentamento.

Gosto muito pouco de zonas cinzentas. Curiosamente dou por mim enfiada nelas mais vezes do que gostaria de admitir. Nem gosto muito da cor cinzento, apesar de usar bastante (porque fica bem com todas as outras cores, das quais gosto tanto!). Não gosto quando Lisboa acorda cinzenta e as nuvens ficam por ali carrancudas a vigiar-nos os passos. Não gosto do lápis preto na pálpebra que se torna na sombra cinzenta mal-espalhada ao final do dia. Mas o que me chateia mesmo são as zonas cinzentas, o é-mas-não-é, o acho-que-sim-mas-penso-que-não, o vou-estar-posso-estar-talvez-não-esteja... todas essas zonas são lugares incómodos, frios e cinzentos. Nunca percebi muito bem como é que se dá este acinzentamento. Quando olhamos para o lado já lá estamos.Estávamos a caminhar em direcção ao sol e - pimbas - a bela da nunvem cinzenta aparece para nos roubar as certezas. Acho que o cinzento se alimenta de indefinições. Quando dou por mim numa dessas tento fugir o mais rapidamente possível. O problema é que o meu signo é balança - e mesmo que não tenha nada a ver com isso - sou a indecisão em pessoa. Portanto zonas cinzentas são apenas sintomas da doença. Devia estar confortável pelo treino, não é? Não estou. Aparentemente sou uma praticante inconformada do acinzentamento.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Olá 2014




Não sou de resoluções mas vamos lá a isso. Que 2014 venha com a força toda.



- aprender uma nova língua

- ver os toy stories todos (e vou começar já hoje)

- stressar menos

- escrever mais

- apontar uma coisa boa de cada dia num papel e metê-lo num frasco (que vou abrir no fim do próximo ano)

- ler os maias e os lusíadas a sério (já comecei os Lusíadas!)

- usar óculos mais vezes

- parar de ver as horas iguais!! (ex: 17:17)

- ler qualquer coisa dos nobeis da literatura desde 2005 (só ainda li um livro do Llosa)

- continuar a fazer desporto :)

- não torcer nenhum pé (comecei o ano a brincar a isso, não quero mais.)

- continuar a viajar.



E para já, está bom. Vou fazendo outras ao longo do ano.







quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Dear future me

Há uma coisa chamada Futureme.org que te permite enviar uma "carta" a ti próprio para um tempo futuro - pode ser 1 ano, 5 anos, o que quiseres. A minha foi de um ano, chegou hoje: 


Olá Tats!
Ainda te chamam Tats, certo? Tenho a certeza que sim. Só passou um ano. Mas eu sei que muito pode acontecer num ano. É por isso que te escrevo.

Hoje é 12/12/12. É um dia giro. Dizem que o mundo acaba dia 21. Mas não acredito muito nisso. :)

Começaste 2012 virada do avesso. O puzzle que era o teu mundo perdeu umas peças. Mas aos poucos foste percebendo que mesmo sem algumas peças, a imagem ainda era perceptível. Tu ainda eras tu.

As tuas amigas continuaram iguais, cada uma com a sua personalidade tão especial. Como é óbvio, estão outra vez a discutir como vai ser a passagem-de-ano não é?

Divertiste-te muito em 2012. Foi duro. Mas riste muito, correste, nadaste, dançaste! Aproveitaste as coisas pequenas da vida. Descobriste muitas coisas boas. Voltaste a conhecer-te, aquela pessoa "apaziguadora" (lembras-te que foi esse o cognome que te deram?) e colorida. Continuas a adorar fazer bolas de sabão?

Escreveste pouco. Espero que em 2013 tenhas escrito mais.

Quiseste e conseguiste crescer, ficaste mais fria, mais áspera. Disseram-te para não esqueceres a criança que ainda tens em ti. Não esqueceste pois não?

Continuas a trabalhar na Wiz? Continuas a gostar do que fazes?

Conheceste tanta gente em 2012. Sorrisos marotos, lábios tentadores. Aventuras de umas horas ou de umas semanas. Nada que se agarrasse a ti. Nada que tu deixasses que se agarrasse a ti.
Será que já desfizeste um pouco do muro para deixar alguém entrar? Deste um murro na mesa e refilaste com a céptica que alojaste em ti?

Aprendeste muito. Sobre muitas coisas. Acabaste o mestrado! Lembras-te que esse era um dos teus desejos nas passas de 2011/2012? Foi uma luta que acabou com 15 valores e muita gente a assistir à tua defesa. Mas a tua tese já nem sequer está actual. O Facebook está sempre a mudar! Ainda se usa? (aposto que sim...)

Tiveste muitos medos em 2012. Foste uma medricas corajosa. Os teus medos ficaram numa caixa escondida por baixo das tuas costelas. Pouca gente a viu. Aposto que continuas com alguns desses medos. Alguns devem ter sido confirmados. Mas tu és forte. Sobreviveste. E aposto que chegaste aqui com um sorriso nos lábios.

Já usas um anti-rugas? Essas tuas expressões faciais tão entusiastas estão a deixar-te a cara amarrotada. E tu sorris muito, ris muito. Compra um anti-rugas.

Convenceste as meninas a irem a Budapeste? Adoraste? Espero que sim.
Estou curiosa sobre muitas coisas. Mas já chega de escrever. Agora é a tua vez. Responde-me. ;)
Boa sorte.
Tats

--- Respostas:

Ora bem, por onde começar? Continuam a chamar-me Tats, sim, mas também já me chamam mais vezes Tatiana.

A passagem-de-ano de 2012/13 foi em casa da Sara e foi espectacular. :) A deste ano há-de ser em Lisboa, mas ainda não sabemos onde, não.

Continuo a adorar fazer bolas de sabão, o que prova que não me esqueci da criança em mim.

Escrevi mais em 2013. Espero escrever ainda mais em 2014.

Continuo a trabalhar na Wiz e na maioria do tempo gosto do que faço.

Refilar, refilei. Não sei se ela me ouviu.

Ainda usamos (e trabalhamos) no facebook.

Não fomos a Budapeste, mas fomos a Edimburgo e adorei!!

Sim! Já tenho um creme hidratante com um complexo anti-rugas. Não sei se chega. Vamos lá ver.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Almofadas "Relax B*tch"

Vi estas almofadas algures na net:



...e quis fazê-las para mim. A mamã ajudou com o tecido e a almofada em si, depois foi só pintar.



O resultado final:




terça-feira, 26 de novembro de 2013

To do list - done! #8

Voltar ao Jardim Zoológico.

Andei a rever a minha bucket list e a actualizá-la.

Voltámos a ir ao Jardim Zoológico nos anos da B., isto foi quase no ano passado (Janeiro). E foi tão giro. :)

Fica aqui um bocadinho do que foi o dia e algumas fotos da bicharada. O bilhete é 18€, mas como eu ainda uma jovem (tenho o Cartão Jovem, posso dizer isto até aos 30), o preço baixou um bocadinho.


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Começámos cheios de garra com os tigres:
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...e logo a seguir fomos fazer amizades às riscas.
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Conhecemos o Conan O'brien dos macacos.
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Tivemos companhia para almoçar.
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Vimos leões-marinhos a dançar o tango...
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E golfinhos a sorrir para nós.
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No reptilário fizemos mais amigos. Uma pitão-reticulada...
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...e um monstro-de-gila.
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Depois fomos ter com os Suricatas e aproveitar o sol que ainda brilhava.
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Vimos uma pequena girafa a tentar chegar mais perto.
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E os pequenos-grandes elefantes.
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Passámos pelos flamingos quando o sol já estava a ir embora...
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Mas ainda fomos dizer "olá" ao Sr. Urso.
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No fim, despedimo-nos do Zoo com um olhar sobre o carrossel e ficámos a prometer voltar.
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