quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Felicidade Partilhada

Quando vi o filme Into The Wild há algum tempo não lhe dei a tamanha importância que lhe davam na altura. Gostei da banda sonora, achei a história envolvente, mas passei o filme inteiro a tentar acompanhar o pensamento daquela personagem loucamente corajosa.

No fim guardei o que acredito que toda a gente guardou: a ideia de que a felicidade só vale a pena quando é partilhada.

Acho que a capacidade de ficar genuinamente feliz por outra pessoa não é algo que se aprenda facilmente. Mas acredito que é uma consequência indissociável do carinho que sentes por alguém.

Adoro dar presentes, fazer surpresas, etc.. precisamente porque sou uma vampira sugadora da felicidade dos outros. Se participasse em concursos de beleza seria a pior miss de todos os tempos e, à pergunta "qual é o teu sonho?", responderia "só quero que toda a gente seja feliz".

Gosto de sentir as pessoas verdadeiramente felizes, gosto de contribuir para isso. E gosto quando as pessoas partilham coisas boas comigo e me deixam beber da felicidade que lhes ilumina os dias.

Por isso, para bem da minha felicidade... sejam felizes!






terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Chuva e as suas cores

A manhã começou áspera. O sol que normalmente me inunda a janela, reflecte no espelho e me abre os olhos faltou ao trabalho. Mas eu não podia faltar.

Levantei-me com o cinza resmungão lá fora e, teimosa, abri as cortinas na mesma. Tomei o pequeno almoço, ignorei o trânsito e saí.

No autocarro continuei a ler O Rapaz que Prendeu o Vento, a fome está finalmente a desaparecer no Malawi e ele construiu o seu primeiro protótipo de moinho de vento.

Quando saí do autocarro tive de abrir o guarda-chuva. O desgraçado já tem uma ou outra vareta deslocada que alegremente me prenderam o cabelo. Com uma careta soltei a juba e vinha a pensar como o meu cabelo detesta estes dias pingões, quando vi o B.

O B. foi meu colega de trabalho e agora é meu amigo. Diz as maiores parvoíces e é das pessoas mais inteligentes que conheço.

Cruzámo-nos, dei-lhe dois beijinhos e ele disse-me que estava muito frio hoje. Eu disse que sim e que não percebia. Quase não abrandámos o passo, mas foi o suficiente para dar um bocadinho de cor à minha manhã cinzenta.

Ver amigos quando não estamos à espera é das melhores coisinhas que a rotina nos força a ter.


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A Lucrécia

Esta manhã, enquanto esperava ansiosamente pelo autocarro fiquei a saber da Lucrécia.
O autocarro vinha atrasado, como é sempre tão óbvio para quem espera, e algumas pessoas juntaram-se a mim.
Um casal com os seus 60 sentou-se ao meu lado. Nas luvas da senhora havia pêlos brancos de um animal misterioso. Era a Lucrécia. Confesso que foi o nome que me chamou à atenção mas não foi isso que me intrigou.
No casaco dele havia também alguns pêlos. Eram da Lucrécia. A senhora procedeu então a umas boas sacudidelas nas costas do senhor enquanto repetia quase como uma reza:
- A Lucrécia encheu a sua canadiana de pêlos. Não percebo como, a canadiana estava no cabide, mas ela conseguiu.
Nos primeiros segundos eu ainda imaginei que estivéssemos a falar de umas muletas, mas não. Tratava-se do casaco do senhor.
E aposto que não era azul - como eu o via - aposto que era cobalto.
Quanto à Lucrécia, talvez nunca saberemos se é uma cadela, uma gata ou uma chinchila...

Edit: depois de ler esta história, o Crocs desenhou a Lucrécia:




Não está lindinha?

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Fim-de-semana do-it-yourself

Depois de 2 noites seguidas de farra com a inauguração do Coyote Ugly em Lisboa e um aniversário, chegou o fim-de-semana.

Já andava a adiar umas quantas ideias de trabalhos manuais e decidi deitar mãos à obra. 4 projectos, 4 desafios, aqui ficam:

1. Autocolante para a porta

Ingredientes:

papel autocolante preto
x-acto
papel químico
impressora

Já há uns tempos que tinha visto esta ideia algures na internet. Pesquisei uma série de sites e comprar saía demasiado caro, então resolvi fazer.

Comprei papel autocolante preto e imprimi o desenho invertido, passei as linhas com papel químico para o papel autocolante e depois foi só cortar. Como não tinha acesso a um bisturi, o x-acto teve de servir e não ficou muito perfeito, mas ao longe fica bem!




2. Quadro candeeiro

Ingredientes:

tela profunda
lâmpada com interruptor
tinta
pincéis

Vi um quadro no pinterest que alguém tinha iluminado. Gostei de ver e resolvi experimentar. A tinta não ficou muito uniforme, mas a luz resulta bem. É uma boa alternativa para o candeeiro da mesinha de cabeceira.



3. Prato com vidrilhos

Ingredientes:

cds (que já não se usem)
prato
tesoura
água muito quente
cola branca
verniz

Este era o mais antigo dos desafios! Desde os meus 17 que queria fazer uma coisa gira com cds velhos. Decidi então começar com uma coisa pequenina e tentar saber todos os truques antes de me aventurar e falhar - como já tinha acontecido.

O grande truque e o que muda tudo é: molhar os cds em água muito quente (quase acabada de ferver) durante 5/7 minutos e depois separá-los (usem uma tesoura ou um x-acto com cuidado). Os cds têm 2 camadas de "plástico" e separando as duas é mais fácil cortar sem estragar o efeito espelho.

O outro grande segredo é a paciência. Cortar os triângulos é rápido, mas colar demora muito mais tempo. O desafio quando estamos a colar é tentar não sujar os vidrilhos com cola. Eu passei com um cotonete com álcool para limpar a maior parte da cola (tenham cuidado porque alguma da tinta sai).

No fim pintei com verniz transparente e ficou mais brilhante.



4. Chaveiro Alohomora

Ingredientes:

cartão
ganchos
tinta (castanho & dourado)
cola branca


Este projecto foi para satisfazer a potter geek que há em mim. Não tem nada que saber: aproveitei uma protecção de cartão (que vinha com o aquecedor que os meus pais me compraram) e escrevi com cola branca a palavra "alohomora" - o feitiço que é usado para abrir as portas que estão trancadas.

Acrescentei uns ganchos (dos que vêm nas caixas de utilitários do IKEA), pintei tudo de castanho e passei com tinta dourada pelas letras no final.